Dia Mundial da Água: entenda a relação entre água e segurança alimentar - Super.abril.com.br

Hoje é o dia que homenageia o elemento que nos dá vida: a água. Com o perdão do clichê, a Terra é, na verdade, o planeta água. E pode existir verdade maior que essa?
O Dia Mundial da Água foi instituído pela ONU (Organização das Nações Unidas) em 1993. Desde então, segundo a ANA (Agência Nacional de Águas), “os países foram convidados a aderir às recomendações da ONU relativas aos recursos hídricos e a concretizar atividades apropriadas ao contexto de cada país”.
A gente lembra e comemora, mas a hora também é boa para refletir e conhecer mais sobre o assunto. Afinal, a água não está somente no chuveiro e na torneira. Indiretamente, ela faz parte do processo produtivo de tudo que comemos, usamos, vestimos…
Este ano, o tema escolhido pela ONU para comemorar o dia é Água e Segurança Alimentar.

O que é Segurança Alimentar?
Historicamente, o termo foi utilizado pela primeira vez após a Primeira Guerra Mundial, quando o fornecimento de alimentos poderia ser instrumento de controle de um país sobre outro. Estava ligada, portanto, à capacidade de produção de um país para alimentar seus habitantes, segundo pesquisa do caderno “Segurança Alimentar”, da Embrapa.
Ao longo do tempo, outras questões somaram-se ao conceito, como o sistema de produção da comida que comemos, o acesso a alimentos de boa qualidade nutricional, sem componentes químicos que prejudicam a saúde, e o respeito à cultura alimentar dos diferentes povos.
Todas, no entanto, convergem para um ponto: alimentar-se é essencial e um direito básico de qualquer pessoa. “É preciso que se considere o direito humano à alimentação como primordial, que antecede a qualquer outra situação, de natureza política ou econômica, pois é parte componente do direito à própria vida”, diz o estudo.
A segurança alimentar depende de um sistema que garanta a produção, distribuição e consumo de alimentos em quantidade e qualidade adequadas, mas que não comprometa a capacidade de alimentar as próximas gerações. “Cresce a importância dessa condição frente aos atritos produzidos por modelos alimentares atuais, que colocam em risco a segurança alimentar no futuro” – os grandes números de desperdício fazem parte desses modelos.
É importante lembrar que a água está intimamente ligada à produção de alimentos. Segundo a ANA, “estatísticas dizem que cada um de nós bebe de 2 a 4 litros de água todos os dias, além da água utilizada para produzir o que comemos: produzir 1 kg de carne por exemplo consume 15 mil litros de água, enquanto 1 kg de trigo consome 1.500 litros”.


Pegada hídrica
O termo pegada hídrica é um indicador da quantidade gasta na fabricação de produtos e consumida pelas pessoas não apenas de forma direta (quando abrimos uma torneira), mas também indireta (quando compramos uma roupa ou tomamos um café).
O termo também vale para países. Na média anual, os norte-americanos têm uma pegada de 2.482 m3, bem cima da média global, que é de 1.243 m3 de do Brasil é de 1.381 m3. No nosso país, 5% vêm do consumo doméstico, em atividades cotidianas. A maior parte (95%) corresponde ao consumo de produtos industriais e agrícolas (saiba mais no post sobre pegada hídrica).
Eventos
Vários eventos estão acontecendo no Brasil sobre o tema. Informe-se na sua cidade. Participe de debates, veja filmes, leia sobre o assunto. O site Águas de Março, da ANA, traz uma lista de eventos em todo país. Outra dica é para quem está em São Paulo: hoje é o último dia da Mostra Ecofalante de Cinema Ambiental e o debate final é sobre água, às 20h30, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional.

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